Embirro com a celebração deste dia nos moldes que conhecemos e nos impingem. Tomou proporções comerciais que me desagradam, algumas de inconcebível mau gosto e superficialidade, distorcendo a essência da data, levando a eventuais ilusões e desilusões.
EPITÁFIO
Cada sorriso teu agora só desperta
este remorso vil que a minha vida tem:
- A tua alma estava à minha espera, aberta…
Repousei
no teu corpo e não fui mais além.
David
Mourão Ferreira, in Obra Poética 1948-1988, A Secreta Viagem, Editorial
Presença, Julho 1996
M
7 comentários:
O poema é muito bonito e combina com a escultura.
Totalmente de acordo com o texto, e o Epitáfio de DM-F quase provoca comiseração...
O namoro de cristal, frágil e belo como os versos de David.
Afinal o que é o amor? Tantas teorias!
Luisa
Aqui não falha, a transparência que é a essência do namoro. Mesmo distante.
Lindíssima peça de cristal muito bem acompanhada pelo poema.
Teresa
A escultura, o poema, um caso de amor perfeito.
Excelente escolha, M.
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