A primeira coisa que me veio à cabeça "com as palavras dentro do olhar" foi o livro/peça de teatro de Jean-Paul Sartre
"Os Sequestrados de Altona" (1959) e o belo tempo dos aforismos românticos e revolucionários dos anos 60.
Trata-se de uma obra crua sobre a clausura voluntária do homem com a sua culpa.
Jean-Paul Sartre saberia do que falava, ele próprio esteve preso num campo de concentração nazi.
A segunda foi a certeza da minha primeira viagem de comboio, teria eu uns 4 ou 5 anos: à Penha, Guimarães, onde acampámos. E donde trouxe a lembrança de muitas árvores e pedras, mais uma cicatriz no queixo por ter tropeçado numa "espia" ou numa "cavilha" da tenda. Imperdoável para um campista!
A terceira...tem a ver com a minha completa dependência física e psíquica de viajar e conhecer.
O meu alimento principal está contido numa velha mala: o que viu e percorreu na sua finura de couro velho e manuseado, os lugares improváveis que me ficam na imaginação sem os conhecer.
Bettips
2 comentários:
São espantosas as associações de ideias que fazemos. Tanta coisa se mistura e nos enriquece e explica a vida!
Viajamos no tempo,no espaço e também nos sonhos!
Enviar um comentário