Vestida de linho branco, na cabeça um chapéu sombreando o rosto onde se adivinhava um traço de solidão, caminhava em passo determinado. No cais, o Transiberiano aguardava, arfante, num ruído manso envolto em fumo. Não era contudo, como seria previsível, uma sombrinha de renda que ela segurava na mão enluvada. Junto ao corpo, como se dentro tivesse encerrado toda a sua vida, a misteriosa dama transportava uma mala de couro envelhecido por incontáveis viagens. Esta era mais uma. Qual o seu fim? Que insondáveis segredos continha a pequena mala?
Justine
2 comentários:
Um texto de cena de filme romântico que mantém o mistério e a curiosidade desde a primeira linha.
Também fiquei curiosa, Justine!
Podia ser o texto da contracapa de um belo romance, policial ou não.
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