quinta-feira, abril 12, 2012



Assim pousamos o coração na mesa
dos anos repetentes e perguntamos
porque bates se nunca mais cobriste
o frio do grande inverno
Pousamos assim as velhas dores
num teatro de espantos e censuras
A comédia que somos e vivemos
bem ao largo de nós na ilusão
de um incansável perpétuo coração

Licínia Quitério

5 comentários:

Justine disse...

Que esperar de ti senão um belíssimo poema sobre o tempo e a vida e a finitude...

bettips disse...

A mesa posta e vazia perto do incansável mar!
Só mesmo tu a poderias encher das palavras e pensamentos da Poesia.
Irrepetível.

Benó disse...

Mesa vazia, cadeiras desocupados esperam, talvez quem ali venha pousar e meditar sobre o vaivem incansável do mar. O teu poema pousa lindamente na foto.

Anónimo disse...

um pousar agre e doce...
agrades

Luisa disse...

Lindo poema!