Já
abriram portas de casas habitadas por gente feliz. Já serviram para
desvendar o interior de arcas cheias de segredos. Hoje, passadas que
foram várias eternidades, as casas estão em ruínas, as arcas
vazias. Acabou-se-lhes o préstimo…
Terrível a constatação da utilidade dos objectos ao longo dos tempos. Mas, acima de tudo, o que importa é o que cada um vive, e como vive, no tempo que lhe é dado. Se foi feliz, se soubermos que foi feliz, custa menos o confronto com a realidade do perecível.
6 comentários:
Terrível a constatação da utilidade dos objectos ao longo dos tempos. Mas, acima de tudo, o que importa é o que cada um vive, e como vive, no tempo que lhe é dado. Se foi feliz, se soubermos que foi feliz, custa menos o confronto com a realidade do perecível.
Nada vale para sempre, mas os homens não sabem disso e continuam a aferrolhar tesouros. Que sempre deixam de valer!
Ficarão para lembrar que tudo é perecível, da vacuidade de juntar "coisas" em vez de conhecimento.
Foi isso que me fizeste lembrar, Justine.
Ainda bem que alguém as guardou e no-las mostrou agora como objecto de arte.
Tens razão, Justine. Já tiveram o seu préstimo e agora são objeto de museu.
Foram substituídas por outros utensílios cada vez mais sofisticados, mas vão sempre permanecer como símbolo de não-partilha.
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