Quando
os meus olhos ficam cheios desta imagem, degraus em
pedra, renque de plantas secas, uma cadeira de outrora tombada no
penúltimo degrau, fico preso à grandeza simbólica que parece
desprender-se da «cena». É o resto de uma cena caseira de ontem ou
de há muitos anos, quando a avó tombou de cima das escadas e teve
de ser levada ao hospital, onde acabou por falecer. Bela memória que
enche os olhos da lembrança anterior à que me ocorreu. Deitada, a
cadeira parece o corpo de alguém. E as plantas secas confirmam a
idade do local e das coisas. Bela fotografia.
Rocha
de Sousa
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