Olho
a foto e que vejo (que vêem os meus olhos, e que retenho quando os
volto para o teclado)? Uns ramitos desnudados num primeiro plano de
uma mansarda, talvez parisiense…, de onde parece ter saído um
camião TIR que atravessa um viaduto. E começo a efabular
recordações vividas e nunca contadas. Aqui, pelo menos…
Um
dia (ou… era uma vez) fazia uma das minhas viagens malucas Zambujal - Bruxelas (e volta), agarrado ao volante e a ouvir uma
selecção de CDs. Chegara aos arredores de Paris e a entrada no
“periphérique”
exigia maior concentração, a todas as horas que todas são “de
ponta”. Ao longe e ao alto vislumbro uma indicação a letras
garrafais PARIS BRUXELAS;
procuro, com as dificuldades sabidas a 100-à-hora, apanhar a faixa
da direita, consigo… e, quando levanto os olhos, vejo que a
indicação vem de um camião TIR em cima de um viaduto sobre o
“periphérique”, engarrafado no trânsito. Ainda procuro
corrigir, passar para uma faixa mais à esquerda mas não me deixam!
Fui
engolido pelas entranhas de Paris. E foi um sarilho sair delas e
recuperar o “periphérique”
e a saída norte, para Bruxelas… sem ser de camião TIR.
As palavras que se soltaram de dentro do olhar, ao olhar a sugestiva foto!
Zambujal
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