Estava guardada no fundo da gaveta, tão bem guardada que me esqueci e quando a encontrei fiquei contente porque afinal ia ser útil e agradável de novo. Foi o que eu pensei quando li o mote. Assim uma história de sótão e baú, de roupas velhas que se tornam singulares e glamorosas para uma festa que se pensava perdida por não ter a roupa apropriada, um pedaço de qualquer coisa que se mantém não se sabe porquê, para além e só de razões afetivas, atos do subconsciente, qualquer coisa me diz que isto ainda vai ser importante. Pois, nada disso. Estava guardada no parapeito da janela da cozinha a flor mais estranha que vi, meio escondida atrás da máquina de lavar, pareceu-me um daqueles vasos com um manjerico, que se compra e apaparica no Santo António e depois se larga em qualquer lado e deixa morrer, a diferença é que este manjerico deve ser regado e adubado o ano inteiro, às escondidas, hmmm que cheirinho nojento!
Mónica
6 comentários:
é mesmo fedorento, eu sei de experiência vivida. Nem precisa de ser regado...
Nada digo contra ou a favor, mas aprecio a imaginação que demonstras, divagando entre ideias várias.
A propósito: o meu manjerico de S. Joãp (do Porto) é tratado e às vezes dura até ao Natal. Este ano, em férias, soube que feneceu com o calor e a minha ausência.
Quanto ao cheiro nojento, relembro o rapaz cow-boy e o cavalo do Marlboro que nos cheiravam tão bem, até nos anúncios!
De qualquer maneira, acho sempre um encanto ir ao sótão ou abrir uma gaveta esquecida (Luisa)
Achei graça ao texto.
Chega a dar flor? E é bonita?
Teresa
deve dar uma flor bem feia chamada mau hálito, tosse ou cancro, depende :P
achei piada o esconderijo e a paciência de quem fuma às escondidas e vai espetando as beatas como se fosse um manjerico
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