VISITAR UM MUSEU
Começou por se passear ao ar livre, no quintal que cerca a casa, de calcorrear o que é de nós tão conhecido; depois, foi-se comer fora de casa num canto conhecido e recatado de que tinha saudade, vencida a relutância de ter de ir de máscara que dificulta a respiração, embacia os óculos e entaramela a fala; a seguir ao almoço, o sol convidou a ir até ao jardim público, onde os canteiros estavam em flor como se a primavera fosse surpresa, e a chuva não tivesse regado abundantemente; surpresa foi andar pela cidade, que até há pouco parecia deserta ou de que se fugia (ou era ela que de nós fugia?); para bem encerrar a viagem por Abril – que para alguns acaba a 25, pois o 1º já é em Maio –, reservou-se um tempo em que as horas passam sem se dar por elas, para visitar um museu, que muita coisa pode ser, mas que só merece o nome se guardar, bem arrumar e mostrar o que é belo ou o que é memória a lembrar o que outros fizeram e merece ser visto ou contado.
5 comentários:
Gostei desta ida ao museu, nunca fui ao do Aljube. Na RTP 2 está a dar um programa com entrevistas a quem lá esteve.
Não conheço nenhum destes Museus mas acredito que neles esteja guardado muito material com interesse.
Luisa
Com uma cadência tão própria, percorreste o Abril e as sugestões dadas, com humor. E com memória. Tão diferente, de Nova York a Lisboa!
Uma boa escolha essa de falar em experiências diferentes de vida, de tempos, de país, de Histórias. A vida dos homens é um permanente movimento.
Fizeste uma excelente tecelagem com os nossos desafios de Abril, ó Zambujal!Gostei
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