“Passeio Alegre” recordando Eugénio de Andrade
Chegaram tarde à minha vida
as palmeiras. Em Marraquexe vi uma
que Ulisses teria comparado
a Nausicaa, mas só no jardim do Passeio Alegre
comecei a amá-las. São altas
como os marinheiros de Homero.
Diante do mar desafiam os ventos
vindos do norte e do sul,
do leste e do oeste,
para as dobrar pela cintura.
Invulneráveis – assim nuas.
(“Rente ao Dizer” 1992)
Bettips
5 comentários:
Bonita fotografia, bonito convívio de árvores
EdA é sempre uma recordação boa, a escolha do Passeio Alegre para passeares enquanto "ouves" a sua poesia foi uma excelente escolha!
J.: sabes com certeza que ali adiante é a casa que era??? a sua, e foi ??? Fundação, etc. Destas palmeiras de que ele falava.
Abçs
Belo o título "Rente ao Dizer", significativa a tua escolha para hoje, a fotografia a trazer-me à memória uma álea semelhante no Jardim Botânico Tropical em Belém.
Linda a poesia mas eu não gosto de palmeiras
Luisa
Enviar um comentário