1. Agrades
Tão! Tão! Tão! chora o sino da minha torre a assinalar a partida de um amigo…
Tãaaooo, tãaaooo, tãaaooo soluça o sino da minha torre, saudoso dos seus irmãos, que estão doentes, dormentes e calados e cantavam, outrora, quando tinham saúde, muitos dlim, dlim, dlão que animavam a vila toda. Todos sentem a sua falta, querem a sua recuperação, desejam voltar a ouvir os seus trinados para animar os nossos dias.
Agrades
8 comentários:
Uma bela perspectiva do Convento de Mafra a completar a vivência de episódios que sentimos nas palavras do teu texto. É sempre tão belo e humano o toque dos sinos, quer ele seja alegre ou triste. Tocam tão fundo dentro de nós quando os ouvimos.
"O sino da minha aldeia" não fica no Chiado, mas é "o sino da minha aldeia".
Adoro o som cristalino ou cavo dos sinos. Uma arte, uma harmonia, festa, vida ou morte.
Sei de um rapaz. Hei-de perguntar-lhe se ouvia os sinos, tão longe, há quase 50 anos.
Também me fez lembrar "o sino da minha aldeia"...
Originalidade no "agarrar" da palavra, Agrades. Foi uma agradável surpresa, esta tua ideia, magnificamente expressa pelo texto tão "sonoro" e sentido:)))
... o rapaz disse-me que se lembra de ser uma festa, o repicar dos sinos livres, em tempo tão soturno!
Obrigada A., pelo teu texto e foto que "nos" recuperou o tão/dlim/dlão das memórias: agora, era preciso que também se recuperassem os sinos/sineiros.
Bjinhos
Sin(t)o-o porque o ouço.
Bem badalado foi.
Lembrei-me dos sinos da minha terra quando tocavam a finados. Tão tristes!
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