É por dentro da pedra que a água cresce.
Tendemos a esquecer que será sublime esse sulco de aresta revelado.
A pedra cai e escutamos o seu coração desfeito em nada:
pedra contra pedra, o imenso interior ensimesmado
auscultamos a sós, na língua, a invenção da saudade.
Daqui seguimos muito devagar.
Inebriados pela liquidez de ser, embebidos no deserto azul da tarde.
~pi
2 comentários:
Adoro a expressão "embebidos no deserto azul da tarde". Ainda que reveladora de grande solidão. O que não será talvez de surpreender: não seremos todos nós uns solitários de os mesmos?
"Solitários de nós mesmos". Era isso que queria escrever.
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