Há
muito que sabemos que nos
passa ao lado o registo das horas vividas no livro das horas. Desde
sempre pressentimos a fundação essencial dos limites do corpo
contida nos abraços, que encerramos a medo, confundidos e trocados
por hesitações dum pasmo venenoso e fatal.
Revestimo-nos, por engano, com o forno do corredor das estrelas, desejámos na pele o vagaroso cetim violeta que forra as nebulosas que nunca adormecem, filhas do outro tempo dentro do tempo, colibris de luz, sonhámos eternos os vazios todos desse espaço aberto sem nenhum lugar e abrimos a boca como quem se salva.
Revestimo-nos, por engano, com o forno do corredor das estrelas, desejámos na pele o vagaroso cetim violeta que forra as nebulosas que nunca adormecem, filhas do outro tempo dentro do tempo, colibris de luz, sonhámos eternos os vazios todos desse espaço aberto sem nenhum lugar e abrimos a boca como quem se salva.
~pi
2 comentários:
As nossas pequenas eternidades...
Espreitamos as dificuldades tal como olhamos o céu: inquietos.
Bela fotografia para bela prosa.
Cismamos, enquanto.
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