E lá vai ela de novo, parada.
Os pés tropeçavam nos livros lidos e os olhos cegavam.
Tudo o que lera lhe servia agora como conhecimento vago e ficcionado; nada de nada lhe sobrava, apenas alguma poesia - pouca poesia, na verdade: essa que a deslocava ainda para lá dos pés e das rasíssimas sandálias de peregrinação - rasas como campa rasa.
~pi
Os pés tropeçavam nos livros lidos e os olhos cegavam.
Tudo o que lera lhe servia agora como conhecimento vago e ficcionado; nada de nada lhe sobrava, apenas alguma poesia - pouca poesia, na verdade: essa que a deslocava ainda para lá dos pés e das rasíssimas sandálias de peregrinação - rasas como campa rasa.
7 comentários:
Bela fotografia, todas as rarida-
des incluídas, e ela (que vai)quem
é? A poesia ou ~pi?
Talvez ambas, João Manuel, mas só a autora poderá dizer e mesmo assim, se calhar até terá mais do que uma interpretação da sua própria reflexão.
Há muito quem vá, parando, talvez para pensar.
A caminhar como um poema que nunca sabe se já chegou ou sequer partiu.
Quanta desilusão! Texto triste, Pi!
Justine
ah a poesia...mesmo tão triste é bela!
"Se partires um dia rumo a Ítaca..."
.. que seja com os pés nus e verdadeiros, para que sintas as raízes da poesia como erva fresca.
Oxalá vá, ela-tu-eu-nós, mesmo parada(s)~~~~-
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