E lá vai ela cumprindo o seu ritual diário desde sempre, desde que o mundo é mundo, incendiando céu e mar, pintando labaredas nas cores mais quentes da paleta divina onde há poucos momentos tudo era azul.
Aquela bola de fogo, que nos aquece e nos prende nos seus fogosos braços, que é sinónimo de vida e fecundidade, esconde-se nas águas do oceano num mergulho suave, sem splash, para ir dar luz e vida ao outro lado do mundo. É assim, no fim do dia, naquele instante mágico em que, ocasionalmente, os deuses se reúnem provocando um certo burburinho só audível pelos mais atentos. Este é um espetáculo inigualável presenciado por gentes de diversas origens estarrecidas ante tanta beleza, no Cabo de S.Vicente.
Benó
9 comentários:
Ela, a luz solar, a bola de fogo.
Boa fotografia
Original o texto sobre esta Ela de nome sol que mergulha nas nossas vidas e nos consola. Muito belo o conjunto.
Um momento tão belo e tão solene apesar de se repetir todas as tardes. Nunca o perco quando estou junto ao mar.
O nosso Sol, o fogo que vai e volta sempre a acender a vida, a dizer-nos que tão pouco somos, tão pouco sabemos.
Belo momento que nos encanta e surpreende tão frequentemente.
Confirmo que é tudo verdade, o que dizes! Já presenciei e até ouvi os deuses:)))))
Justine
e que famosos são,os pôr-do-sol em Sagres!
Também faço parte do grupo dos incondicionais adoradores:-)
Interessante que nunca tinha pensado no sol como "ela", a bola de fogo.
Sem dúvida, estarrecida também com a beleza e o mistério. E tão bem explicado/fotografado por ti que julgamos ver as asas dos deuses a adejar entre as nuvens!
... lá vai o tempo... em mais um dia vivido e assim guardado dentro de cada um que o viveu.
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