As
agudezas afligem-me, as pontas afiadas perturbam-me mesmo que apontem
o céu e sejam uma representação do Homem-Sol.
Creio que me é uma questão de medo atávico, da perfuração da normalidade que imagino, plana ou redonda. Objectivamente, tem a ver com confusas referências minhas, por exemplo, de quando li a notícia da morte do filho de Romy Schneider, em 1981.
Creio que me é uma questão de medo atávico, da perfuração da normalidade que imagino, plana ou redonda. Objectivamente, tem a ver com confusas referências minhas, por exemplo, de quando li a notícia da morte do filho de Romy Schneider, em 1981.
Bettips
5 comentários:
Fantástico, até onde nos pode levar, dentro das nossas recordações e vivências, uma foto enigmática! Por isso eu gosto tanto destes nossos jogos:))))
Forma elíptica e apelativa de di-
zer um sentir em torno da escultu-
ra em ferro de Jorge Vieira.Exp98.
Eu gosto deste modo de ver, equi-
vale-se à própria obra e à sua
agressividade ou dor de uma memó-
ria, porque não?
saudação a Bettips
Sou muitas vezes segundos e terceiros... sentidos. Além das pontas de ferro. A verdade é que tinha ideia, há mais de 10 anos, de ter visto esta escultura (e fotografá-la, claro...). E de saber que Jorge Vieira "não era um bem amado" do regime.
Agora mesmo pensei se JVieira não quereria exprimir o seu gosto-amor pela liberdade criativa.
Muito interessnte e coerente, na minha opinião, a ligação que fazes entre o que dizes no primeiro parágrafo e a referência (quase uma espécie de prova) à tragédia da morte do filho da Romy Schneider que foi na verdade uma "perfuração da normalidade".
... do que nos lembramos, que conexões vivas dentro de nós, que de nós por desatar...
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