E lá vai ela buscar à bica da aldeia a água de que precisa em casa para esse dia. É um dos seus gestos diários de luta e de sobrevivência. Amanhã voltará a repetir tudo. Dir-se-ia uma cena de uma aldeia africana no século passado – mas não, é a realidade são-tomense no começo do século XXI!
Justine
8 comentários:
Boa foto, boa mensagem, mas ela
já volta da fonte, não vai, já foi
Não, não, ela vai ter que voltar num tempo posterior ao da imagem. Porque a vida a isso a obriga. Quem a viu sabe que será assim e conta a história num tempo passado - presente - futuro. Acho eu, claro. Aliás, está lá escrito "Amanhã voltará a repetir tudo".
Como ela seria feliz se lhe dessem uma torneira donde saisse água a jorros dentro de casa!
Que importa se vai ou se volta?! Anda na sua vida de acartar, tão de mulher, tão constante pelos séculos fora.
Ela(s), mulher e água, fontes de vida.
Aposto que se virou só para a foto, não foi Justine?
P.S.
Vou imaginar que ela deita a língua de fora ao nosso amigo Rocha de Sousa, para assim descarregar a agressão que me causam alguns do seus comentários
Apre! diria a minha Mãe...
Esta foto provoca-me.
Estas mulheres esforçadas... estas crianças espreitando - são quatro crianças! E não me interessa se vem ou se vai: lembro-me do disparate que seria/é se, em vez de lhe fornecer água, discutissem se tem olhos castanhos ou pretos.
Reter o essencial: a beleza sofrida e o sacrifício diário. Ter consciência do mundo. Para que isto não aconteça.
Reparaste e fixaste e aqui trouxeste
...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.
José Gomes Ferreira
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