Era uma vez um menino irrequieto, vibrante, de cor vermelha como o Capuchinho, que continuamente dançava e percorria os palcos do corpo em estradas largas, estreitas, subindo, descendo os caminhos, a tomar fôlego a buscar combustível, periodicamente, em duas estações de serviço simétricas, uma de cada lado de sua casa.
Esse menino pulsante cresceu como príncipe da generosidade a atender todos os pedidos, a repor as energias em caso de guerra, a recuar perante os assaltos inesperados para retemperar forças, mas sempre alerta e presente, a entregar de bandeja as melhores sensações que um corpo pode almejar. Um dia teve um percalço e enganou-se nos caminhos, teimou, insistiu em continuar e saiu para além do que era o seu território
inundou destruiu entupiu.
Parou de pulsar.
De sua graça, Coração.
Esse menino pulsante cresceu como príncipe da generosidade a atender todos os pedidos, a repor as energias em caso de guerra, a recuar perante os assaltos inesperados para retemperar forças, mas sempre alerta e presente, a entregar de bandeja as melhores sensações que um corpo pode almejar. Um dia teve um percalço e enganou-se nos caminhos, teimou, insistiu em continuar e saiu para além do que era o seu território
inundou destruiu entupiu.
Parou de pulsar.
De sua graça, Coração.
Jawaa
5 comentários:
Imaginemos esta narrativa numa
parede urbana, inscrita como um
cartaz de rua. É um chamamento
que nos faz parar, ler e pensar.
Pedagogia ao ar livre, para todos.
Belíssima metáfora, que começa num tom de estória infantil e vai crescendo até se revelar!
Que linda descrição, Jawaa, como um rio. Seguimo-la com o coração batendo, suave e comovido, pretendendo "nunca sair das margens, nunca chegar à foz".
Uma história linda que nos faz interiorizar de maneira muito simples o que se passa connosco.
Coração independente.
Enviar um comentário