O
prazer de ler é contaminador. E subversivo. Cuidado com os que leem
e dão a ler. São os mais perigosos. Sobretudo neste tempo em que
não há, não pode haver!, tempo para ler.
Pennac,
em Comme un
roman,
é muito claro ao confessar “nunca
tive o tempo de ler, mas nada, em tempo algum, conseguiu impedir-me
de acabar um romance que eu estivesse a amar” e,
sem pudor, persiste logo um parágrafo adiante:
“A questão não está em saber se tenho ou não o tempo de ler
(tempo que ninguém, aliás, me dará) mas se me ofereço ou não o
prazer de ser um leitor”.
Zambujal
2 comentários:
É isso. E Pennac também abre a porta para o direito de não ler. O prazer indissociável da liberdade.
Um prazer especial, e insubstituível!
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