quinta-feira, abril 17, 2014

12. Zambujal

O prazer de ler é contaminador. E subversivo. Cuidado com os que leem e dão a ler. São os mais perigosos. Sobretudo neste tempo em que não há, não pode haver!, tempo para ler.
Pennac, em Comme un roman, é muito claro ao confessar “nunca tive o tempo de ler, mas nada, em tempo algum, conseguiu impedir-me de acabar um romance que eu estivesse a amar” e, sem pudor, persiste logo um parágrafo adiante: “A questão não está em saber se tenho ou não o tempo de ler (tempo que ninguém, aliás, me dará) mas se me ofereço ou não o prazer de ser um leitor”.

Zambujal

2 comentários:

Licínia Quitério disse...

É isso. E Pennac também abre a porta para o direito de não ler. O prazer indissociável da liberdade.

Justine disse...

Um prazer especial, e insubstituível!