quinta-feira, abril 17, 2014

6. Licínia

Vê a gente aquele sinal de rodelas imperfeitas, entrelaçadas, de preto sobre amarelo, e logo lhe acode a ideia de perigo para lá dos limites do aviso. Hiroshima, Tchernobil, Fukushima, outras estranhas palavras, carregadas de destruição, afloram-nos as pontas dos dedos e com elas afastamos do rosto uma súbita sombra, um inesperado clarão. Eis senão quando, num segundo olhar mais perspicaz, as palavras “contaminação literária” nos trazem um sorriso, uma acalmia, um anúncio de tempo bom, de mergulho nas páginas onde os mundos se abrem, os imaginados, os sabidos, os desconhecidos e outros mais ainda, que nunca os mundos se cansam nem se fecham quando alguém os sabe dizer.
Licínia

1 comentário:

Justine disse...

Que venha a contaminação, depressa! Comecemos então a preparar as mentes...