Vê
a gente aquele sinal de rodelas imperfeitas, entrelaçadas, de preto
sobre amarelo, e logo lhe acode a ideia de perigo para lá dos
limites do aviso. Hiroshima, Tchernobil, Fukushima, outras estranhas
palavras, carregadas de destruição, afloram-nos as pontas dos dedos
e com elas afastamos do rosto uma súbita sombra, um inesperado
clarão. Eis senão quando, num segundo olhar mais perspicaz, as
palavras “contaminação literária” nos trazem um sorriso, uma
acalmia, um anúncio de tempo bom, de mergulho nas páginas onde os
mundos se abrem, os imaginados, os sabidos, os desconhecidos e outros
mais ainda, que nunca os mundos se cansam nem se fecham quando alguém
os sabe dizer.
Licínia
1 comentário:
Que venha a contaminação, depressa! Comecemos então a preparar as mentes...
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