Demócrito
De cisões deambulantes
Deveras
desalentada
com o desastre
do défice
doméstico, Deolinda
estava a ficar desorientada.
De desaire em desaire decorria a vida deles e, depois de muito meditar, decidiu pôr fim à deriva financeira, em definitivo. De dedo em riste decretou: “Demito-me de esposa dedicada e desconsiderada, passo a gestora cá de casa… devem pagar-se os débitos, devolve-se o desnecessário e, depois de um determinado tempo de austeridade, vamos de novo ao mercado”. Ele, Demócrito de seu nome, deu de ombros e sorriu: “Desisto de discutir, não sou como Demóstenes! P’ra dizer a verdade, estás a ver demasiada televisão… quando é que são as eleições?”
De desaire em desaire decorria a vida deles e, depois de muito meditar, decidiu pôr fim à deriva financeira, em definitivo. De dedo em riste decretou: “Demito-me de esposa dedicada e desconsiderada, passo a gestora cá de casa… devem pagar-se os débitos, devolve-se o desnecessário e, depois de um determinado tempo de austeridade, vamos de novo ao mercado”. Ele, Demócrito de seu nome, deu de ombros e sorriu: “Desisto de discutir, não sou como Demóstenes! P’ra dizer a verdade, estás a ver demasiada televisão… quando é que são as eleições?”
Zambujal
6 comentários:
DEvo dizer que fiquei DEliciada com a atituDE da DEolinda!
E eu deliciada com tantos "de". Nada como a cultura!!!
Tanto denodo:-))))))))))))))))
Que fazer senão sorrir perante a desorientação da Deolinda, com os fios do discernimento todos emaranhados? Discutir, nunca.
De-vertido sendo a nova grafia uma domesticada linguagem!
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