quinta-feira, outubro 11, 2018

5. Licínia



Estava guardada há muito dentro duma caixa de lata, dentro duma gaveta onde repousam as coisas inúteis ou provisoriamente consideradas como tal. Nós, as mulheres mais antigas, habituámo-nos a chamar “amostras” a estes pedaços de renda que serviam de modelo para trabalhos futuros de mãos habilidosas, pacientes. Trouxe-a à luz do candeeiro, que é como quem diz, acendi-lhe o próximo destino, fixando-a no quebra-luz, a dar uma nota de excentricidade, a chamar enfim a atenção de quem olha para o pedacinho de renda ali poisado. 
Licínia

6 comentários:

Justine disse...

O luxo de um quebra-luz original, peça única!

bettips disse...

Uma bela sugestão! Quantas "amostras" s mulheres passaram entre elas? Quantas receitas?
Escrever sobre estas coisas é lembrar, no futuro.

Anónimo disse...

Como disse atrás: nada como remexer em caixas para refazer beleza (Luisa)

M. disse...

Uma ideia luminosa a espalhar beleza.

Anónimo disse...

Ficou um candeeiro deslumbrante. E deu uma bonita foto.

Teresa

Mónica disse...

cá está a m ideia do mote :DDD uma caixa de lata