Dia
16
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Margarida.
quinta-feira, abril 25, 2019
AGENDA PARA MAIO DE 2019
Proposta
de Margarida
Dia
2 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “fan” para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
Dia
9 - Reticências
com
a frase “E
debaixo daquela árvore”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
16
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Margarida.
Dia
23 - Jornal
de Parede
Dia
30 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
“Descemos
um infinito de verde
Mergulhamos
num azul vestido de horizonte
Adormecemos
depressa.
Eu
sei, sou a última, isto tudo mexe comigo.
Mas
mesmo assim é depressa.
Depois
subimos a vertigem do gostarmos muito,
Com
as quedas a pique das decepções que aterram de repente.
O
sol, o verde e o azul parece se juntarem para nos pregar partidas.
E
com tudo isto ainda achamos que a Pimenta da Jamaica nos enche
de
vontade da descoberta
e
a canela nos adocica a memória na indolência da ilha.
O
nosso avião parte depois de amanhã.”
Cristiana
Tourais, Julho 2008
(O
texto é de uma grande amiga minha. Não há editora nem livro, há
apenas ideias, sentimentos e frases soltas.)
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de M.
Dia
25 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
o excerto
«(…)
Roni levantava a mesa, pousava a louça no lava-louças, tirava o
álbum verde da prateleira e os dois mergulhavam nele, com as cabeças
muito juntinhas. Roni acendia um cigarro e explicava a Yuval que os
selos são pequenos visitantes de países longínquos, e que cada um
desses visitantes nos conta uma história do país de onde veio,
histórias sobre a paisagem e as pessoas célebres que aí viviam,
sobre as festas que celebram e os belos monumentos. Yuval perguntava
se havia países onde permitiam que crianças dormissem à noite em
casa dos pais e em que as crianças não eram más nem batiam. (…)»
Entre
Amigos,
Menino
Pequeno,
Amos Oz, Publicações D. Quixote, 2017
10. Mónica
3. Jawaa
“os selos são pequenos visitantes dos países longínquos e contam-nos histórias...”
Selos usados em Angola nos anos 40 e quando era preciso adicionar a cada carta enviada um selo “de assistência” (que me recorde não serviam para guardar nas colecções de selos). O selo de Assistência era obrigatório para a assistência social, deveria ser um imposto, nada mais do que isso; recordo-me desses selos já eu bem crescida, só devem ter acabado com o Salazar... e eram sempre de 50 centavos.
Jawaa
quinta-feira, abril 18, 2019
AGENDA PARA ABRIL DE 2019
Proposta
de M.
Dia
25 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
o excerto
«(…)
Roni levantava a mesa, pousava a louça no lava-louças, tirava o
álbum verde da prateleira e os dois mergulhavam nele, com as cabeças
muito juntinhas. Roni acendia um cigarro e explicava a Yuval que os
selos são pequenos visitantes de países longínquos, e que cada um
desses visitantes nos conta uma história do país de onde veio,
histórias sobre a paisagem e as pessoas célebres que aí viviam,
sobre as festas que celebram e os belos monumentos. Yuval perguntava
se havia países onde permitiam que crianças dormissem à noite em
casa dos pais e em que as crianças não eram más nem batiam. (…)»
Entre
Amigos,
Menino
Pequeno,
Amos Oz, Publicações D. Quixote, 2017
12. Zambujal
Já
foi uma janela. Que teve caixilhos, vidros, cortinas. De onde se via
o lado de fora da casa, o mundo. E que resguardava o interior e as
gentes que o habitavam. Vida.
Hoje, é um buraco negro com uma moldura apodrecida e o que resta de um trapo que drapeja. Sujo.
Breve será, apenas, o buraco negro para se espreitar uma casa vazia. Moribunda.
Hoje, é um buraco negro com uma moldura apodrecida e o que resta de um trapo que drapeja. Sujo.
Breve será, apenas, o buraco negro para se espreitar uma casa vazia. Moribunda.
Zambujal
11. Teresa Silva
Muito
bonita esta janela de uma casa em ruínas. Mas, ao mesmo tempo,
faz-me lembrar o buraco negro de que tanto se fala agora.
Teresa
Silva
10. Rocha/Desenhamento
É
com frequência que passo junto desta pequena casa feita de adobe,
moldada e apertada com
mãos fortes. Vejo a cortina branca a enrolar-se para dentro, o escuro
interior, o silêncio. Por vezes pergunto para dentro: «Está aí
alguém?» Repito, em certas ocasiões. Nunca me responderam. Na
verdade, o mundo está cheio destes misteriosos silêncios.
Rocha
de Sousa
9. Mónica
Esta
é a minha casa, a janela, o farrapo de cortina, o reboco rude, o
pedaço de tijolo à vista, o sol quente, são pedaços da minha
casa, da minha vida, do que me encanta, é aqui que moro, onde mais
ninguém quer viver, cru e despido, sem adornos, apenas a realidade,
a beleza do que é simples e básico, é aqui que me sinto bem.
Admira-me que alguém tenha reparado e fotografado o que me pertence!
Mónica
8. Mena M.
A
rede ao ser parcialmente arrancada, devido talvez a uma forte
rabanada de vento e à frouxidão dos pregos que a prendiam,
tornou-se num rasgo de luz na escuridão.
Mena
6. M.
Do
que vejo e me impressiona nas ruas por onde passo. Feridas na pele de
um corpo marcado por privações, o abandono escancarado, um aceno
deixado ao relento, delicado e branco como a dor pode ser. Quem?
Porquê? Quando?
M
3. Justine
A
superfície rugosa da parede sem reboco; a esquadria apodrecida de
uma janela sem vidraça; um pedaço de rede
mosquiteira que serviu
de
cortina e que ventos e geadas esfacelaram, cuja leveza ilusória
contrasta com a rudeza da parede. No centro, a escuridão pura do
interior de uma construção, que tão bem nos fala do seu mistério,
do seu abandono, da sua solidão. Fotografia de equilíbrios
geométricos e de beleza dorida que sempre se encontra na decadência.
Justine
1. Agrades
Ao
analisar em detalhe a foto do desafio desta semana, concluí que se
trata do tão falado buraco negro!
Agrades
quinta-feira, abril 11, 2019
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de M.
Dia
11 - Reticências
com
a frase “Lembrei-me
deles quando ali passei”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
12. Zambujal
11. Teresa Silva
10. Rocha/Desenhamento
Lembrei-me deles quando ali passei. Vinha sempre por este caminho e não podia deixar de parar perante o êxtase que sentia perante este "quadro" da paisagem em toda a paisagem em redor. Eles estão quase sempre por ali. Avanço em passos lentos, parei à porta e bati. Ao fim de várias tentativas, esperei em silêncio e acabei por decidir continuar o meu caminho.
Rocha de Sousa
9. Mónica
Lembrei-me deles quando ali passei logo na primeira vez que reparei no chapéu sobre o banco, voltei a passar e voltei a passar, enquadro e fotografo mentalmente o chapéu sobre o banco, naqueles breves segundos em que passo por ali, penso neles, já confundo se é premeditado o ato de passar ali para não me esquecer deles, um casal que passou por aqui no Verão, ele restaurou o banco que estava a monte no pátio, pôs tábuas novas, envernizou-as, substituiu os parafusos velhos por novos, ficou como novo, um banco para os dois se sentarem, ela usava o chapéu, a sua sombra no pátio, comiam, risinhos e conversas que só eles compreendiam, às vezes apetecia-me mandá-los calar, que inconvenientes mesmo aqui debaixo da minha janela, horas tardias, sentados no banco a fazer sei lá o quê, estaria ela ainda de chapéu àquela hora? Era bom que sim, pelas vezes que me apeteceu deitar-lhes com um balde de água para se calarem. Foram-se. Penso neles quando passo por ali. Ela esqueceu-se do chapéu, ou talvez para onde foi não precise do chapéu, às vezes temos essa mania de largar coisas quando vamos de um lado para o outro, ele deve ter achado que transportar o banco seria maior o incómodo que o proveito, ou deixaram o banco e o chapéu para eu me lembrar deles quando ali passo, uma espécie de espera até ao nosso regresso.
Mónica
8. Mena M.
Lembrei-me deles quando ali passei, das amigas e dos amigos, que faziam parte do nosso grupo de férias em Santa Cruz. Este moinho velho e abandonado era o nosso castelo. Ainda tinha porta, mas as escadas para o 1º andar, ao contrário das para o piso mais alto, já não existiam. Os meus irmãos Francisco, Gonçalo e João lá desencantaram um escadote de umas obras ali ao pé, subiram pela janela e a corda comprida e bastante grossa que tinham comprado foi atada ao mastro. Era agarrados a ela que entrávamos e saíamos. Enquanto lá estávamos recolhíamos a corda para que nenhum estranho entrasse. À hora de ir para casa, deixávamos a corda pendurada para fora da janela.
Muitas aventuras ali vivemos!!!
Muitas aventuras ali vivemos!!!
Mena
7. Margarida
Lembrei-me deles quando ali passei.
Vermelhos de sangue uns
Castanhos de outono outros
Amarelos arraçados de verde-carmin.
Grãos ao sol, ao frio, à chuva
Secos demais ou ensopados “demenos”.
Escaldantes e estaladiços amadurecem
Não esquecidos.
(escrito para o Sr. Nunes, Fajã dos Vimes, ilha de S.Jorge, Açores, Portugal, único produtor nacional de café)
Margarida
6. M.
Lembrei-me deles quando ali passei. Imaginei-os diante deste recanto de luz e sombras, sentados em banquinhos desdobráveis de lona parda, a caixa das tintas pousada no chão, a tela no cavalete enriquecida aos poucos com as pinceladas reveladoras da forma particular como olhavam o mundo. Era um dia de maio e eu passeava pela aldeia respirando a pureza que ela me oferecia.
M
5. Luisa
4. Justine
Lembrei-me deles quando ali passei. Deles, de todos os títulos que foram traduzidos para português. Estão ali naquela prateleira há tantos anos, mas sempre amigos disponíveis, aguardando com tranquilidade que eu precise deles: A forma da água, O cão de barro, O ladrão de merendas, A voz do violino e tantos outros! E recordei a importância que para mim teve o autor, o velho professor Andrea Camilleri nascido siciliano, e que depois de reformado deu asas à sua imaginação e fez nascer o honesto, gourmet e solitário comissário Montalbano, prestando assim uma subtil e sentida homenagem ao seu colega de letras, o catalão Manuel Vazquez Montalban, que ele tanto admirava.
Lembrei-me deles quando ali passei, junto da prateleira que lhes foi destinada. E continuo grata ao autor por tudo aquilo que ele me ensinou sobre a Sicília, a Itália, todo o mundo mediterrânico a que eu também pertenço.
Justine
3. Jawaa
2. Bettips
1. Agrades
sexta-feira, abril 05, 2019
quinta-feira, abril 04, 2019
AGENDA PARA ABRIL DE 2019
Proposta
de M.
Dia
11 - Reticências
com
a frase “Lembrei-me
deles quando ali passei”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de M.
Dia
4 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “bi” para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
13. Zambujal
8. Margarida
7. M.
Biombo
(Biombo "Histórias de Coelhos", da pintora Aurélia de
Sousa, em exposição na Casa Museu Marta Ortigão Sampaio)
«A obra de inícios do século XX tinha como função decorar e servir de separação de espaço num quarto de crianças. A pintura realizada a óleo sobre tela, forrada com veludo na parte de trás, está montada numa estrutura de madeira e vidro, formando um biombo de três painéis. Retrata uma cena familiar com coelhos, em formato tríptico: a mãe ensina um bebé a andar, enquanto o outro filho, que se lhe agarra às fitas do avental, brinca. Sentado à porta de casa, o pai folheia o jornal "El Imparcial".» Retirado de um site do museu.
«A obra de inícios do século XX tinha como função decorar e servir de separação de espaço num quarto de crianças. A pintura realizada a óleo sobre tela, forrada com veludo na parte de trás, está montada numa estrutura de madeira e vidro, formando um biombo de três painéis. Retrata uma cena familiar com coelhos, em formato tríptico: a mãe ensina um bebé a andar, enquanto o outro filho, que se lhe agarra às fitas do avental, brinca. Sentado à porta de casa, o pai folheia o jornal "El Imparcial".» Retirado de um site do museu.
4. Justine
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