quinta-feira, abril 18, 2019

3. Justine

A superfície rugosa da parede sem reboco; a esquadria apodrecida de uma janela sem vidraça; um pedaço de rede mosquiteira que serviu de cortina e que ventos e geadas esfacelaram, cuja leveza ilusória contrasta com a rudeza da parede. No centro, a escuridão pura do interior de uma construção, que tão bem nos fala do seu mistério, do seu abandono, da sua solidão. Fotografia de equilíbrios geométricos e de beleza dorida que sempre se encontra na decadência. 

Justine

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