A
língua portuguesa tem destas coincidências irónicas e divertidas:
uma rua com o nome “Impasse da Autonomia”. Alguém quis
homenagear a “autonomia” atribuindo o nome a uma rua, azar de
quem escolheu uma rua sem saída, uma rua minúscula sem qualquer
importância na malha urbana. E depois a escolha da designação
“Impasse”, impasse é uma situação embaraçosa, de espera, de
indecisão, que não se deseja para uma “Autonomia”. Dadas as
características da ruela ou viela também se podia chamar “Quelho
da Autonomia” ou “Beco da Autonomia” ou “Travessa da
Autonomia”. Mas “Impasse”? Palavra arcaica e rara na moderna
toponímia. Outro azar é o muro onde foi afixada a placa toponímica
estar em vias de ruir. A última coincidência infeliz desta situação
é o facto do impasse ser na ilha da Madeira. Ora, só pode ter sido
alguém do continente mauzinho a fazer isto! Certo certo é alguma
pessoa do continente mesmo mazinha ter fotografado e rido à
gargalhada com o chamado tiro pela culatra madeirense.
Mónica
(Garajau
- freguesia do Caniço - concelho de Santa Cruz - ilha da Madeira)
2 comentários:
Um texto cheio de ironia.
Um belo texto, Mónica. E tão oportuna a fotografia nestes dias que correm, seja o Impasse na Madeira ou noutro local!
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