quarta-feira, janeiro 20, 2021

6. M.

 Recordo com saudade um maravilhoso passeio de barco no Tejo em Julho de 2017. Parados por momentos no rio, a curta distância de Escaroupim, que visitámos depois, o guia leu-nos excertos do impressionante livro Avieiros, de Alves Redol, que nos conta a vida difícil dos pescadores que, durante o inverno, deixavam Vieira de Leiria em busca de melhores condições de vida nas margens do Tejo.   

«Pela vala da Casa Branca, a reponta da maré não corria de feição. O homem meteu o barco junto à margem de uma das ínsuas e lá foi remando sem esforço, embora as pontas dos ramos dos salgueiros lhe verdascassem a cara. No silêncio da vala, o saveiro deslizava em círculos de água mansa. (…)» 

Avieiros, Alves Redol, Editorial Caminho, Novembro 2011.

 http://www.terrasdeportugal.pt/palhota-valada

 https://www.cm-salvaterrademagos.pt/concelho/aldeia-avieira-do-escaroupim

 https://aquapolis.com.pt/escaroupim-aldeia-viva-nas-margens-do-rio-tejo/

 https://viajarporquesim.blogs.sapo.pt/em-busca-das-aldeias-avieiras-57135

7 comentários:

bettips disse...

Um pequeno lugar de sonho, não se imagina... só indo! Melhor assim visita guiada com pormenor de vidas passadas; e tão sacrificadas eram.
Lá está o Tejo com os seus meandros preguiçosos.

Mónica disse...

Aldeia da Palhota?

M. disse...

Mónica: É Escaroupim.

Justine disse...

Sim, M., é um local belo e violento por aquilo que foi, cheio da força que Redol descreveu no seu "Avieiros"

Anónimo disse...

Não conheço a aldeia de Escaroupim nem nunca fui tão acima nos passeios no Tejo. Muito bonito o local e a evocação do Alves Redol.

Teresa

Anónimo disse...

Em Vila Franca de Xira também havia muitos relatos dessas vidas sobre o rio.
Luisa

Licínia Quitério disse...

E Soeiro Pereira Gomes em Esteiros. Grande marcas do neo-realismo.