quinta-feira, novembro 10, 2022

4. Licínia


Da caneta de aparo e tinteiro se fez a aprendizagem duma geração, no trabalho de escrever em papel o que havia de ser a sua voz silenciosa na ligação com o outro. Diversos instrumentos vieram, desde a caneta de tinta permanente até à BIC, marca que se fez conhecida, usada e estimada em muito mundo, até aos nossos dias. A grande mudança aconteceu porém quando os computadores tomaram conta de tantos trabalhos das nossas vidas e, como não podia deixar de ser, do trabalho de escrever. Os nossos dedos aprenderam então a nova música de teclas com que compomos os textos, sem rasuras nem borrões, nem a caligrafia que nos identifica como um esboço do nosso pensamento, único e inconfundível. Tudo muda, tudo.

Licínia

7 comentários:

Mónica disse...

Será que as novas gerações vão perder a agilidade da escrita manual?

Anónimo disse...

Eu acho que já não sei escrever à mão
Luisa

Mónica disse...

Estou como a Luísa, tenho que parar e pensar em casa letra, ou o que escrevo sai elegível

bettips disse...

Vê lá tu que tempos pudemos viver em algumas décadas!
Eu procuro escrever (também)à mão, sou um bicho do papel e não vivo sem ele. Mas claro que estou atenta à mudança dos paradigmas da escrita.

M. disse...

A letra manuscrita faz parte da nossa personalidade. Eu gosto de escrever à mão e faz-me falta o papel. E, sem dúvida, vamos perdendo o domínio da mão se não treinamos.

Anónimo disse...

O computador veio acabar com o uso a dar à minha colecção de canetas. Das de aparo, às de tinta permanente e às esferográficas.

Teresa

Justine disse...

E ainda vamos a meio caminho da evolução...há-de chegar o tempo em que manuscrever vai ser como desenhar!