As casas vestem o ocre da tarde.
O velho plátano desenha-se na parede em frente.
É a hora de rever amigos que descem a rua.
O Sol derrama-se oblíquo a afinar a geometria das sombras.
Silenciosas as casas aguardam o regresso dos homens, das mulheres.
Algumas ficam vazias porque os donos partiram para outros lugares.
A mornidão do ar abafa as vozes dos transeuntes.
Passa um rapaz e o seu cão.
Passo eu também.
Entro em casa.
Nos meus olhos apaga-se a luz da rua.
É de tarde e anoiteço.
Licínia
5 comentários:
Belíssimo o que escreves e como escreves. Lindo!
Texto muito bem elaborado, e uma fotografia que parece uma pintura!
Belíssimos texto e foto
Luisa
Bonita poesia, ou é prosa?
Teresa
Lindos os tons e o texto. A escolha das palavras tão bem adaptada à imagem do entardecer.
Enviar um comentário