FILHOS (e Amiga)
Como seria talvez inevitável, comecei a participação deste mês de Junho sem lhe dar a indispensável e exigente atenção. 5-5ªs. feiras-5, 5-palavras-5 unidas por uma expressão (“gerações familiares”) mas comecei por tropeçar no complicado plural de avô/avó que é AVÓS. Logo na semana seguinte me espalhei na falta de um S no título PAIS, falha grave em que persisti, embora naturalmente a procurasse corrigir (como se a falha minha não fosse…) acrescentando haver uma outra “palavra-chave da continuidade-futuro do ser humano” – a palavra MÃE.
Seguiu-se a palavra IRMÃOS na semana passada, que puxou outras a partir de um sentimento de ausência que, surpreendente e facilmente ultrapassei com a invenção da irmandade-de-filhos-únicos. E esbarro, esta semana, na palavra FILHOS, em que, na resposta a que o desafio me convoca se misturam – sem que se confundam – sentimentos com a mesma designação por serem os de mais forte continuidade e os da mais determinante influência e exemplo.
Como não surpreenderia se a palavra tivesse sido COMPANHEIRA/O, a/o outra/o com quem se partilha o (ou parte significativa do) tempo da vida em comum, mas fomos o casal atingido nestes dias, brutalmente, pela palavra AMIGA por um(a) bem merecido(a) dela nos ter morrido de repente (como sempre…). E não fui capaz de escrever outras palavras que não estas doridas que aí ficam.
Zambujal
5 comentários:
O teu texto a convocar-nos para algo mais do que apenas filhos.
Há muito para lá de filhos
Luisa
Nunca vamos esquecer a semana passada e a perda da nossa amiga...
Amigos do coração são como irmãos.
E a falta deles é um golpe rude.
Lamento a perda da tua companheira, bonita homenagem a tua
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