quarta-feira, junho 21, 2023

4. Licínia


 

Na deriva dos ventos

Perdida a terra e a mãe

No grande mar balançam

Em frágeis fingidos barcos

Novas faluas sem barqueiro

Só frio só medo só sede

Quem os resgata

Quem os ampara

Na noite dos fantasmas

Quem lhes dá um nome

Quem lhes abre o porto

Quem lhes chama filhos

Quem

 

Licínia

5 comentários:

M. disse...

Belíssimo e comovente o teu pensamento expresso em palavras sobre todos estes filhos.

Anónimo disse...

Lindo poema
Luisa

Justine disse...

Excelente poema, fotografia bela a condizer!

bettips disse...

A poesia à deriva das ondas e dos pensamentos.

Anónimo disse...

Bonitos, a foto e o poema

Teresa