O tema da família para mim é mel, tenho opiniões, histórias, certezas, dúvidas, assuntos a meu bel-prazer, porque gosto do tema, posso opinar, mais ou menos exagerar e manipular de acordo com o meu interesse, não estou sujeita a verificação científica de factos, hipóteses e teses, ensaio em laboratório, porque é o meu ponto de vista. Errado. Escrevi as três primeiras participações sem freio, depois, ouvindo uma vozinha amiga, travei, a primeira participação ficou, as seguintes não. É difícil triar aquilo que devo contar, um texto na internet não é “esquecido”, as pessoas visadas, mortas ou vivas, não me passaram a procuração de as expor. Então, cá vai o terceiro tema deste mês: o meu irmão, opostos, inconciliáveis, física e emocionalmente, nos pormenores irrelevantes e em geral. A certa altura foi morar para a minha rua um casal de quem se dizia em segredo que a filha era adotada (foi morar na casa onde antes morava o melhor amigo do meu irmão, mau para ele ficou sem amigo, bom para mim ganhei uma amiga, é esta a dinâmica), impressionou-me, nunca tinha ouvido falar em adoção, mas se calhar era isso, também poderia ter sido adotada. Perguntei aos meus pais várias vezes se seriamos mesmo irmãos e se fosse adotada se me contariam. É isto.
Mónica
5 comentários:
Gosto desta história sem história
Luisa
E a dúvida mantem-se, Mónica?
Gostei do texto.
Teresa
Família é assunto complexo. Falar dela igualmente complexo.
só lá vai com um teste ADN, Justine :)
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