quarta-feira, fevereiro 14, 2024

6. M



Um retrato a preto e branco de Maria Helena Vieira da Silva e Árpád Szenes em Paris, 1939, de que gosto muito. Em Lisboa, um pormenor de ambos na estação de metropolitano da Cidade Universitária (inaugurada em 1988), também ele muito bonito e representativo da ligação que existia entre o casal. É um dos diversos elementos que embelezam as paredes do cais, retirados do painel central de azulejos Le Métro da autoria de Manuel Cargaleiro, transposto de um guache de Maria Helena Vieira da Silva de 1940, inicialmente chamado Abrigo Anti-Aéreo. Muito interessante a escolha deste tema para decorar a estação, tanto pelo local como pela ligação com a realidade vivida por Maria Helena Vieira da Silva e seu marido durante a Segunda Guerra Mundial. Impressionante também a actualidade do tema: todos sabemos como as estações de metropolitano continuam a ser refúgio para muita gente. Infelizmente a tragédia humana repete-se.

(Retrato a P&B retirado da net. Excepcionalmente escolhi 3 fotografias para melhor completar o texto.)


4 comentários:

Margarida disse...

Escolhemos ambas as mesma foto a P&B, depois vem a "City University", em honra ao Prof. da Mónica e depois esta lufada de ar fresco que são os paíneis de azulejos lindos desta artista-mulher que tanto adoro!

bettips disse...

Parece impossível eu não conhecer a estação que fica no caminho para a família! Hei-de lá ir, num propósito que me fizeste desejar.
Belas imagens de cumplicidade. Palavras de ontem e de hoje, as tuas.

Justine disse...

Sem dúvida, M., o mundo continua em guerra mundial e as estações dos metropolitanos são frágeis fugas à morte...

Mónica disse...

Gosto das imagens todas e lá estão os quadradinhos de azulejos, uns traços e umas manchas e uma beleza enorme