quinta-feira, fevereiro 22, 2024

9. Mónica

Salvador Dali – foi o meu primeiro pintor favorito, o que me fez pesquisar e informar sobre ele e o seu trabalho, uma pessoa bizarra e escatológica como ele se definiu num dos livros que li sobre ele, diferente, à frente do seu tempo, criativo, genial que se tornou numa máquina de fazer arte e dinheiro, uma personagem muito boa para o que era mas que seria insuportável, para não dizer maluca, de conviver. Vi o telefone-lagosta-branca na coleção ex-Berardo, existe mesmo, alguém pagou por aquilo depois de haver um telefone-lagosta-cor-de-lagosta. Fiz questão de ir a Figueres, claro que adorei, mas já não senti aquela coisa idólatra. Gostaria de ter ido à sua praia Cadaqués, fica para uma próxima viagem a Barcelona ou nunca. Já não tenho capacidade para carregar heróis. O que me ficou do Salvador Dali foi uma pintura de uma rapariga de costas à janela com a vista do mar porque essa imagem podia ser a representação da minha amiga Catarina, é tal e qual, são estas afinidades improváveis que só os artistas sabem criar e que nos empatizam.

Mónica

1 comentário:

Justine disse...

Excelente texto, Mónica, que quase me leva a "fazer as pazes" com Dali!