A minha fotografia tentou ser uma metáfora. Ao contrário dos animais, para quem as lutas são meios de sobrevivência e marcação de território, penso que, no caso das pessoas, as brigas têm como base, na maior parte das vezes, motivos mesquinhos que destroem a harmonia e o equilíbrio tanto a nível pessoal como nas estruturas e nas relações entre pessoas, sociedades, países. São lutas pelo poder, qualquer que ele seja, egoísta, obcecado, interesseiro, contundente, com complexos de superioridade e de inferioridade a obstruir a consciência e a lucidez. Enfim, um sem número de causas que só quem está interessado em brigar encontra e inventa. As brigas, na minha opinião, estão numa escala muito abaixo das verdadeiras lutas por ideias consistentes e sonhos que acrescentam algum bem à humanidade.
É uma maneira de encarar a briga, como uma quezília por motivos mesquinhos, fúteis, inúteis. Muitas vezes será. Mas também há a briga que não é mais do que um exercício de teste às capacidades do próprio e do outro, quase um jogo nem sempre inofensivo, mas muito inerente à condição humana de afirmação do território, físico ou mental. Dá pano para mangas a reflexão que propões. A instabilidade dos livros, dos óculos, a desarmonia sugerida pelo conjunto creio serem a metáfora que pretendes. Uma briga permanente isto de nos confrontarmos com a tua visão da esssência das coisas. Bem hajas pelo desafio!
Antes de ler os comentários interpretei a fotografia como a briga entre querer continuar a ler e ter dificuldde em fazê-lo (daí os óculos). Depois de ler a explicação fiquei sem saber o que dizer. Ocorre-me apenas a frase célebre - o esencial é invisível para os olhos (que já não tem nada a ver com briga, ou terá?)
Difícil falar depois das nossas literatas e poetas... Um evidente desequilíbrio de opções. Uma explicação que nos remete para o interior do espírito de cada um - e para um mundo cada vez mais incerto, entre opções e brigas, tendências e lutas pelo poder. (isto hoje não vale, é profundo demais para a quadra...!) Bjs
8 comentários:
A minha fotografia tentou ser uma metáfora.
Ao contrário dos animais, para quem as lutas são meios de sobrevivência e marcação de território, penso que, no caso das pessoas, as brigas têm como base, na maior parte das vezes, motivos mesquinhos que destroem a harmonia e o equilíbrio tanto a nível pessoal como nas estruturas e nas relações entre pessoas, sociedades, países. São lutas pelo poder, qualquer que ele seja, egoísta, obcecado, interesseiro, contundente, com complexos de superioridade e de inferioridade a obstruir a consciência e a lucidez. Enfim, um sem número de causas que só quem está interessado em brigar encontra e inventa. As brigas, na minha opinião, estão numa escala muito abaixo das verdadeiras lutas por ideias consistentes e sonhos que acrescentam algum bem à humanidade.
É uma maneira de encarar a briga, como uma quezília por motivos mesquinhos, fúteis, inúteis. Muitas vezes será. Mas também há a briga que não é mais do que um exercício de teste às capacidades do próprio e do outro, quase um jogo nem sempre inofensivo, mas muito inerente à condição humana de afirmação do território, físico ou mental. Dá pano para mangas a reflexão que propões. A instabilidade dos livros, dos óculos, a desarmonia sugerida pelo conjunto creio serem a metáfora que pretendes.
Uma briga permanente isto de nos confrontarmos com a tua visão da esssência das coisas. Bem hajas pelo desafio!
Perante a explicação da M e o comentário da Licínia, nada mais posso acrescentar a não ser que a fotografia está óptima em todos os sentidos.
A briga das ideias pode ser também uma luta pelo poder...
A foto está belíssima, e o tema é para fazermos um coloóquio, um dia destes:)))
Antes de ler os comentários interpretei a fotografia como a briga entre querer continuar a ler e ter dificuldde em fazê-lo (daí os óculos). Depois de ler a explicação fiquei sem saber o que dizer. Ocorre-me apenas a frase célebre - o esencial é invisível para os olhos (que já não tem nada a ver com briga, ou terá?)
Teresa Silva
Difícil falar depois das nossas literatas e poetas...
Um evidente desequilíbrio de opções. Uma explicação que nos remete para o interior do espírito de cada um - e para um mundo cada vez mais incerto, entre opções e brigas, tendências e lutas pelo poder.
(isto hoje não vale, é profundo demais para a quadra...!) Bjs
Voto em ti, definitivamente, hoje, Manuela. A foto mais, mais.
A briga eterna,sempre presente.
Tanto para dizer!
Devem ser resquícios natalícios que me impedem de falar de brigas...
A foto está linda e não digo mais nada!
Agrades
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