quinta-feira, fevereiro 28, 2013

7. M.



«A única coisa que compreendemos acerca dos velhos quando não somos velhos é que foram marcados pelo seu tempo. Mas compreender apenas isso imobiliza-os no seu tempo, o que equivale a não compreender nada. Para aqueles que ainda não são velhos ser velho significa que já fomos. Mas ser velho também significa que, apesar de, e além de e para lá do nosso estado de ser, ainda somos

M

7 comentários:

Rocha de Sousa disse...

Boa fotografia, texto significativo
e muito sábio quando, perante a velhice, porventura perto da morte,
é possível dizer «ainda somos»

Licínia Quitério disse...

E somos. Folhas antes dos vidros e depois deles, as teias crescendo, crescendo. Linda a foto. Lindo o lugar.

Luisa disse...

Linda foto que bem ilustra o ainda sermos.

bettips disse...

Vejo a foto por partes: a vinha velha em Outono (não o será, que as vinhas são resistentes), a construção da janela (reparem na colocação da pedra, eterna no seu lintel bem escorado), a janela que ainda o é. E finalmente, o espelho do vidro onde se reflecte outro mundo. Que pode ser o tom da manhã. Amanhã.

M. disse...

Vilarinho de Samardã.
«Entre 1839 e 1841, viveu na freguesia o escritor Camilo Castelo Branco, cuja irmã, Carolina, aqui casou com o médico Francisco José de Azevedo.» (Retirado da net)

M. disse...

Esclarecimento:
A casa da fotografia que aqui mostro não é a da irmã de Camilo, mas é perto.

Justine disse...

É isso mesmo - a ideia de que ser velho não é sinónimo de desistência!
A foto, uma beleza!