quinta-feira, fevereiro 14, 2013

8. Mac



O vazio abate-se sobre a cidade, espreitando em cada esquina, indiferente à podridão latente... 
A imensidão do nada invadindo as ruas, uma mão gigante sufocando e abatendo-se sobre as pequenas formigas que correm lá em baixo... 

Mac

11 comentários:

M. disse...

Muito bem escolhido este diálogo de imagem/texto. E muito interessante e muito bela a expressão, numa aparente contradição, apenas aparente, "A imensidão do nada invadindo as ruas".

jawaa disse...


Um vazio conveniente para que se possa admirar as frontarias, as cúpulas, as estátuas.

Justine disse...

Uma cidade vazia de pessoas, ou então com pessoas transformadas em formigas, é uma cidade condenada...

bettips disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
bettips disse...

(quase vi um raio no alto do edifício da câmara)
Esta cidade de slogans e modas, tão esboroada a vemos ficar, no vago dos passos. Faltam as fontes, as gentes, os canteiros que sorriam no basalto, aliás falta o empedrado de calcário de duas cores que tinha desenhos de frutos e estrelas. Falta a humanidade da cidade.
A experiência das coisas por vezes deixa-nos um vazio. Uma melancolia.

agrades disse...

O vazio das horas mortas, tão raro numa cidade.

Luisa disse...

O vazio na cidade sente-se mais do que no campo. As solidões são maiores.

Anónimo disse...

A fotografia corrente e uma ideia
curiosa da cidade a esvaziar-se.

Rocha de Sousa

Licínia Quitério disse...

O vazio das grandes urbes, ainda que aparentemente cheias, ruidosas.

do Zambujal disse...

O vazio urbano. O vazio do povoado mas ausente da consideração de gente, de carne, ossos, sntimentos e afectos. A lembrar Orson Wells e o 3º Homem na grande roda de Viena.
Bem lembrado,

Benó disse...

O vazio das cidades que, embora cheias de gente, já não nos dizem nada e sentimos um vazio imenso quando temos necessidade de lá ir.