O vazio abate-se sobre a cidade, espreitando em cada esquina, indiferente à podridão latente... A imensidão do nada invadindo as ruas, uma mão gigante sufocando e abatendo-se sobre as pequenas formigas que correm lá em baixo...
Muito bem escolhido este diálogo de imagem/texto. E muito interessante e muito bela a expressão, numa aparente contradição, apenas aparente, "A imensidão do nada invadindo as ruas".
(quase vi um raio no alto do edifício da câmara) Esta cidade de slogans e modas, tão esboroada a vemos ficar, no vago dos passos. Faltam as fontes, as gentes, os canteiros que sorriam no basalto, aliás falta o empedrado de calcário de duas cores que tinha desenhos de frutos e estrelas. Falta a humanidade da cidade. A experiência das coisas por vezes deixa-nos um vazio. Uma melancolia.
O vazio urbano. O vazio do povoado mas ausente da consideração de gente, de carne, ossos, sntimentos e afectos. A lembrar Orson Wells e o 3º Homem na grande roda de Viena. Bem lembrado,
11 comentários:
Muito bem escolhido este diálogo de imagem/texto. E muito interessante e muito bela a expressão, numa aparente contradição, apenas aparente, "A imensidão do nada invadindo as ruas".
Um vazio conveniente para que se possa admirar as frontarias, as cúpulas, as estátuas.
Uma cidade vazia de pessoas, ou então com pessoas transformadas em formigas, é uma cidade condenada...
(quase vi um raio no alto do edifício da câmara)
Esta cidade de slogans e modas, tão esboroada a vemos ficar, no vago dos passos. Faltam as fontes, as gentes, os canteiros que sorriam no basalto, aliás falta o empedrado de calcário de duas cores que tinha desenhos de frutos e estrelas. Falta a humanidade da cidade.
A experiência das coisas por vezes deixa-nos um vazio. Uma melancolia.
O vazio das horas mortas, tão raro numa cidade.
O vazio na cidade sente-se mais do que no campo. As solidões são maiores.
A fotografia corrente e uma ideia
curiosa da cidade a esvaziar-se.
Rocha de Sousa
O vazio das grandes urbes, ainda que aparentemente cheias, ruidosas.
O vazio urbano. O vazio do povoado mas ausente da consideração de gente, de carne, ossos, sntimentos e afectos. A lembrar Orson Wells e o 3º Homem na grande roda de Viena.
Bem lembrado,
O vazio das cidades que, embora cheias de gente, já não nos dizem nada e sentimos um vazio imenso quando temos necessidade de lá ir.
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