quinta-feira, abril 09, 2015

7. M.



Imagina, imagina, imagina sempre. Faz como as crianças que vão crescendo num mundo muito seu de realidade- -fantasia, ou de fantasia-realidade, vá-se lá saber onde começa uma e acaba a outra. E querem tanto ser crescidas. A vontade de imitar os “grandes” é-lhes inerente e, talvez porque pressentem nesses seus heróis a existência de uma convivência natural entre realidade e fantasia, não se sentem ameaçadas. Hum!... Pois, mas em tamanho grande a qualidade, o peso e a percentagem de cada um destes dois ingredientes com sabor humano serão outros. E há prazos de validade a ter em conta, mais as balanças, de tempos a tempos aparece alguém a aferi-las, o que poderá causar alguns transtornos no que se considera ou não como certo em questões de dinâmicas vivenciais.
Imagina, imagina, imagina. Não te canses de imaginar. Para não sofreres de claustrofobia mental.
Está bem, eu digo o que vejo neste pequeno quadro: um passeio à beira-mar durante a maré baixa.
M

5 comentários:

Luisa disse...

Nada como imaginar que um dia tudo será belo e todos serão felizes como o passeio à beira mar. Pois se até se vêem os búzios!

agrades disse...

Imagino dois prazeres: o da construção e o da contemplação. Uma doçura.

Licínia Quitério disse...

E depois de adultos, quem sabe a fronteira entre a fantasia e a realidade? A imaginação é a verdadeiro lugar da liberdade.

Justine disse...

Ai de quem deixa de imaginar, de imaginar, de imaginar...

bettips disse...

Imagino as aventuras de procurar e achar os pequenos presentes do mar, imagino o riso, imagino a pressa. Mas é tão bonito e ingénuo o prazer das mãos das crianças!