O texto apresentado e sobre o qual nos é solicitado darmos o nosso olhar fala-nos de Lisboa. Há alguns anos que não visito a capital do império e as fotos que fazem parte dos meus arquivos, guardadas em álbuns, como era norma antes da era digital, são por demais antigas e sem qualidade fotográfica.
Optei por esta imagem de S.Vicente que se encontra na Pousada do Infante, aqui em Sagres, por ser, não só o Padroeiro do Patriarcado de Lisboa como também o Padroeiro do Concelho de Vila do Bispo que institucionalizou o dia que lhe é dedicado, 22 de Janeiro, como feriado municipal havendo assim, uma ligação entre Lisboa e o Cabo de S.Vicente.
Talvez gostem de ler este pequeno artigo que encontrei no blogue http://areense.blogs.sapo.pt sobre a lenda dos Corvos de S.Vicente que liga o nosso Promontório ao brasão do Município de Lisboa.
Lenda dos Corvos de S. Vicente
Um das mais conhecidas lendas é a dos Corvos de S. Vicente. Está historicamente registado que o monge Vicente “sofreu suplício até à morte em Valência” quando pregava o cristianismo. Os cristãos daquela cidade espanhola quiseram pôr a salvo o corpo do mártir e fugiram pelo mar. A viagem decorreu sem incidentes até chegarem a um promontório no Atlântico, altura em que uma tempestade os arrastou até “junto a uma terra muito bela com um grande promontório”. O mestre do barco disse-lhes que a terra se chamava Algarve e que o cabo se chamava promontório Sacro, antigo nome de Sagres. Devido aos estragos da tempestade, o barco encalhou entre Sagres e o Cabo de S. Vicente. Para fugir a embarcações piratas, os devotos desembarcaram a sua preciosa relíquia. O comandante do navio prometera-lhe continuar a viagem depois de passado o perigo dos corsários, mas nunca mais apareceu, pelo que decidiram construir na falésia uma ermida e um mosteiro em memória de S. Vicente.
Será possível imaginar, sem dificuldade, o pequeno barco a percorrer as falésias douradas sucedendo-se a praias de areais claros, até chegar ao imponente promontório de Sagres, logo seguido do Cabo de São Vicente. Ainda hoje, muitos séculos volvidos, a natureza do lugar mantém-se impoluta e cheia de encanto.
Continuando a lenda, o primeiro rei de Portugal D. Afonso Henriques, soube de um “lugar santo” a Sul onde estariam relíquias sagradas. Logo ordenou uma expedição, para as trazer para Lisboa, pois nessa altura o Algarve era ainda terra de mouros e não pertencia ao reino de Portugal. Todavia, o tempo apagara os vestígios da primitiva ermida e os cristãos que a construíram não se destrinçavam da população árabe. Porém, o capitão do navio ao navegar junto da falésia foi surpreendido por um bando corvos, e seguindo-os, o enviado do Rei encontrou o esconderijo onde estava o sepulcro. Extraordinariamente as aves, mantiveram o seu secular papel de guardiãs de S. Vicente, e nos mastros do navio seguiram até Lisboa. Em honra desta lenda, os corvos figuram nas armas da capital. Curiosamente, os corvos são das aves que se podem encontrar entre a avifauna da costa Sagres, marca desde sempre a história de Portugal, como um lugar de sonho e de Descoberta.
Continuando a lenda, o primeiro rei de Portugal D. Afonso Henriques, soube de um “lugar santo” a Sul onde estariam relíquias sagradas. Logo ordenou uma expedição, para as trazer para Lisboa, pois nessa altura o Algarve era ainda terra de mouros e não pertencia ao reino de Portugal. Todavia, o tempo apagara os vestígios da primitiva ermida e os cristãos que a construíram não se destrinçavam da população árabe. Porém, o capitão do navio ao navegar junto da falésia foi surpreendido por um bando corvos, e seguindo-os, o enviado do Rei encontrou o esconderijo onde estava o sepulcro. Extraordinariamente as aves, mantiveram o seu secular papel de guardiãs de S. Vicente, e nos mastros do navio seguiram até Lisboa. Em honra desta lenda, os corvos figuram nas armas da capital. Curiosamente, os corvos são das aves que se podem encontrar entre a avifauna da costa Sagres, marca desde sempre a história de Portugal, como um lugar de sonho e de Descoberta.
Benó
3 comentários:
Uma excelente solução para o desafio desta semana, Benó!
Mas que interessante. E criativa, pois! Aí está, a ligação das terras e devoções.
De cristãos e mouros somos feitos, nesta casa comum do Minho ao Algarve. Muito interessante a tua solução, Benó.
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