Pouco passava do meio dia e o grupo encontrava-se cansado. Havia até quem se queixasse que o estomago estava a dar horas pelo que teríamos de nos apressar para chegar a tempo do almoço. No entanto, a paisagem que bordejava o fiorde era composta por diversas cores que mudavam de tonalidade, conforme o ângulo de onde se viam, com mais ou menos luz solar e, enquanto as máquinas fotográficas disparavam incessantemente para “mais tarde recordar” eu pensava no meu algarve, neste cantinho tão a sudoeste da Europa, onde o mar é verde mas a terra é castanha, onde o vento norte castiga impiedosamente a flora silvestre não a deixando crescer, onde o sol se ergue do mar ao meu lado esquerdo e desaparece no mar do meu lado direito, para lá do promontório, onde não há neve nem temperaturas negativas, mas onde há alegria e muito calor. E então as saudades apertaram.
Benó
5 comentários:
A paisagem fotografada é linda, mas não há como a nossa sweet home!
É bom ir mas regressar ao ninho. Talvez porque o ninho se constrói pouco a pouco.
Encanta-me "a cabeça", essa paisagem de fiords e montanhas de duendes! Mas sim, entendo-te e concordo, voltar à terra onde lugar, morno.
Uma viagem a outras terras, outras temperaturas e a saudade da casa a espreitar.
Acontece sempre, não é? Por mais que se esteja a gostar dos passeios pelo estrangeiro, chega uma altura em que as saudades apertam e nos apetece voltar...
Enviar um comentário