quinta-feira, janeiro 16, 2020

10. Rocha/Desenhamento


Parece fora de dúvida: Zambujal é um homem de talentos: ao fotografar a torre de Pisa, com uma inclinação de 45º apela ao ensino de Arnheim, acentuando o valor da percepção: naquela posição já a torre tinha caído e os homens haviam perdido um exemplar da sua glória em equilíbrio. Mas a fotografia também caracteriza as coisas com a ironia da acentuação. A pintura em anexo, de Ilidio Salteiro vai mais longe: e estes destroços devolvidos à fome das criaturas antecipa alegoricamente torres tombadas, seres devoraveis. As pedras tombadas em Pisa, no futuro são devoráveis e transportáveis para museus estrangeiros.

Rocha de Sousa

5 comentários:

mena maya disse...

Haverá decerto wuem vá logo apanhar algumas. Também tinha um pedaço original do Muro de Berlim, que ficou no fogo da minha casa na Passagem do ano de 2013.

Mónica disse...

ia dizer o mm q a Mena, alguém levará uma pedrinha para casa

bettips disse...

É apanágio da turistada, apanhar uma "recordação" e deixar um "lixinho"...

M. disse...

Exactamente: as criaturas são famintas. De passado ou de futuro? Ou de ambos? Para não se perderem da ou na existência?

Justine disse...

Concordo com a primeira linha do texto do Rocha de Sousa...