quinta-feira, janeiro 28, 2021

3. Justine

Deixou de ser o celeiro de Portugal, para ser o olival extensivo, ofensivo e destrutivo de Espanha. Deixou de ser local de montes com rebanhos e preservação dos montados, para ser o paraíso de estrangeiros em posse de reformas tranquilizadoras. Deixou de ser zona de secas violentas, para local de alquevas que não se aproximam nem de perto nem de longe da finalidade para que foram construídas. 

Contudo – há sempre um contudo – há as paisagens sem fim, há as cidades antigas e preservadas, há a gastronomia única, há os amigos.

Por essas e por outras é para lá que o meu coração tomba, sempre.

Justine

(fotografia de planície junto de Montemor-o-Novo)

7 comentários:

Margarida disse...

Assim, simples, como só o Alentejo sabe ser!

bettips disse...

Tudo como o dizes, sei e sinto. E comovente esse balanço onde tomba o coração, na planície de esperanças.

Mónica disse...

Oooo Justine tal e qual!! (Gostaria que fosse também a minha reforma eheheh)

Anónimo disse...

Muita coisa está a mudar mas tenhamos esperança que o essencial fique
Luisa

Mónica disse...

andei por aí no dia da fotografia de Arraiolos

Anónimo disse...

Deslumbrante este Alentejo e a fotografia, antes que venham os olivais espanhóis.

Teresa

M. disse...

Alentejo, meu amor. Sempre belo, adoro-o!