INDIGNAÇÃO
A companheira Justine propõe-nos a palavra indignação (Estamos a viver tempos inquietantes, tensos, perturbadores.
As nossas emoções assaltam-nos desordenadas…).
Palavra que se justifica, talvez mais que nenhuma outra, para ilustrar as emoções que nos assaltam nestes “tempos inquietantes, tensos, perturbadores…”, em que nós, seres humanos, somos tratados como borregos. Palavra que puxa palavra(s) mas que, sobretudo, desata gritos de recusa. Como o de Afonso Duarte (1884-1958) no seu poema Crucifíxo, que não é de hoje mas vem de antes para o agora.
A bacanal do mando continua,
Senhor da Cristandade!
E sobre a Cruz, uma criança nua
É a legitimidade
Senhor! Não somos nós que nos vendemos,
São os nossos borregos.
- Servos à corda, meu Senhor, bailemos!
Na Cruz há sangue e pregos!
Para o agora, em que a uma voz como a do papa Francisco parece ter sido colocada uma surdina, enquanto outras, e muitas, e como se fossem únicas, nos invadem a casa e os tempos e meios de “informação” com apenas alguns, seleccionados e repetidos, pedaços/destroços de uma (como ele diz e alerta) “Terceira Guerra Mundial aos bocadinhos”.
Zambujal
7 comentários:
A mim indigna-me primeiro o mentor dessa "macacoa"
“A bacanal do mando continua”, é razão forte para sentir indignação, assim como as tentativas de silenciar a voz de Francisco!
Há uma indignação generalizada pelo que se passa no mundo. Todos deviam ouvir a voz de Francisco.
Teresa
Digo como acima.
Gosto do que diz este Chefe da Igreja Católica.
Relembro o Papa João XXIII e a polémica das suas Encíclicas numa igreja ultra conservadora. Pelo que leio, começa este também a ser incómodo.
Afinal o Homem nada aprende?
Luisa
Estamos todos cansados de tanta falta de sensibilidade e bom senso e de tanto poder à solta sem qualquer espécie de vergonha. É demais!
Uma voz que sobressai do coro do rebanho e que incomoda os maestros do costume. Um Papa que entende a nossa indignação. Corre riscos, naturalmente.
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