Desde pequena que me lembro de um calhamaço dela lá em casa. Tinha capa azul, era grande, gordo e pesado. Uma vez caiu-me em cima do dedo mindinho do pé direito, de esquina. Ganhei-lhe aversão. Não a ela mas ao livro. Ainda lá deve estar, agora com páginas amarelas, meia queimadas pelo sol e pelo tempo.
E como não tenho nenhum quadro dela, nem falso nem verdadeiro, optei por estas duas fotos, que retirei da net e que retratam de uma forma bela - preto e branco é belo – dois momentos, duas épocas ao lado do seu companheiro, cúmplice, colega, amante, marido, amigo, de nome impronunciável, como todos os nomes húngaros, Árpád Szenes. Ambos naturalizados franceses.
Margarida
5 comentários:
Duas fotografias lindíssimas, cada uma delas representando fases diferentes das suas vidas. Pressente-se em ambas uma grande cumplicidade serena.Também gosto muito dos quadros de Árpád Szenes.
Também tenho esse calhamaço mas a tua escolha está óptima
Luisa
Uma bela escolha, desses dois artistas "juntos" para a eternidade dos seus olhares.
Fotografias de uma relação perfeita e eterna...
Gostei das fotografias antes e depois, antes ela era feia e ele bonito depois ela bonita e ele feio :)))
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