Chamei-lhe, a esta foto, JARDIM DO ÉDEN. O prédio é na Rua do Ferragial, em Lisboa (ali pertinho do Cais do Sodré). Lamentavelmente quase todos os edifícios estão nestas condições. Mas o que me impressionou foi a "dignidade" que ainda resta nesta paredes, de cujas janelas se pode observar uma magnífica vista sobre o Tejo. Incompreensível como se deixam "morrer" pedaços da memória desta cidade assim desprezados...
Quantos desencontros terá aquela esquina presenciado? Amores desfeitos, alegrias sonhadas, enfim... quantos olhos ter-se-ão perdido no Tejo ali logo em frente... Não consigo perceber como é possível o nosso ordenamento urbano preferir construir de novo (em espaço ainda não ocupado pelo cimento e, aos poucos, matar o verde como quem mata a esperança, a alma, de uma cidade) a reconstruir velhos edifícios (alguns, como este, com um traço arquitectónico muito mais digno do que certas aberrações que vemos por aí) e manter sítios com um coberto vegetal que dê um pouco de ar puro às urbes amorfas e cada vez mais cinzentas. Diz-se que as árvores morrem de pé. Este edif´cio também. Ali está ele... morto por dentro, mas ainda erguido!
9 comentários:
Belo ângulo, imponente, não passa despercebida.
Ainda bela esta casa antiga, apesar do abandono.
Esquina madura
Leonor Vieira: MADURA. É isso!
Tem Alma
Tem Vida
Tem história
Tem sabedoria...
Chamei-lhe, a esta foto, JARDIM DO ÉDEN. O prédio é na Rua do Ferragial, em Lisboa (ali pertinho do Cais do Sodré). Lamentavelmente quase todos os edifícios estão nestas condições. Mas o que me impressionou foi a "dignidade" que ainda resta nesta paredes, de cujas janelas se pode observar uma magnífica vista sobre o Tejo. Incompreensível como se deixam "morrer" pedaços da memória desta cidade assim desprezados...
Esquina Altiva votada ao desprezo.
Uma Pena!
Gostei da ideia e da fotografia.
Quantos desencontros terá aquela esquina presenciado? Amores desfeitos, alegrias sonhadas, enfim... quantos olhos ter-se-ão perdido no Tejo ali logo em frente... Não consigo perceber como é possível o nosso ordenamento urbano preferir construir de novo (em espaço ainda não ocupado pelo cimento e, aos poucos, matar o verde como quem mata a esperança, a alma, de uma cidade) a reconstruir velhos edifícios (alguns, como este, com um traço arquitectónico muito mais digno do que certas aberrações que vemos por aí) e manter sítios com um coberto vegetal que dê um pouco de ar puro às urbes amorfas e cada vez mais cinzentas. Diz-se que as árvores morrem de pé. Este edif´cio também. Ali está ele... morto por dentro, mas ainda erguido!
Varandas de renda e quanto abandono! Crescem plantas lá em cima....
Enviar um comentário