quarta-feira, maio 16, 2012

4. Justine

Não, a paisagem não consegue serenar-me. O meu espírito, obstinado, recusa-se a seguir o olhar até ao infinito do horizonte. O olhar retrocede até às pedras, e vejo nelas a dureza da vida e a falta de sentido da morte. A minha tristeza, teimosa, inventa nuvens no céu límpido e no lago colorido. 
Não, a paisagem não consegue serenar-me. Sou eu que, sem querer, perturbo a paisagem.

Justine

1 comentário:

~pi disse...

a paisagem precisa ser des(serenada!
há tempestades... e nem sempre de chuvas e ventos!






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