Andava o encarregado-do-mês de encontrar palavras que puxem imagens a confrades, e vice-versa (isto é, imagens que puxem palavras), quando tropeçou numa pedra. Depois – só depois… – viu com olhos de fotografar aquela “instalação” em cima da placa-tampa do velho poço. Do poço de onde, em tempos há muito idos, tirava água à picota enganchada na oliveira que, centenária, resiste e dá sombra a cadeiras e pedregulhos. Pensou nela para ilustrar uma cimeira-a-três com pedras no sapato (ou “à mão”), mas outra ideia se sobrepôs. Sem qualquer arranjo (que, entretanto, se “instalaram”) ficou a imagem guardada dentro do olhar à espera de estas palavras. Aqui ficam elas: a imagem e as palavras.
Zambujal
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