quarta-feira, maio 15, 2024

2. Bettips


 

A aldeia de Ferragudo e a baía da Angrinha, nos anos 80. Foi eleita como “vila” em 1999. Nada deste horizonte existe, após novas estradas, imensos aldeamentos a puxar às estrelas e ao “guito”. De tal forma que há 3 ou 4 anos fomos lá vê-la e perdemo-nos no dédalo das novas construções plantadas naqueles montes tão bonitos e calmos. Eu tenho-a nas fotografias e na ideia assim, simples aldeia de pescadores, iluminada ao poente.

Bettips

6 comentários:

M. disse...

Tão bonito este ar e esta luz de aldeia molhada. Uma vista pacificada a interiorizar-se em quem a visitou, como tu, inesquecível. Pena que se tenha adulterado e se tenha perdido na confusão da modernidade. Inevitável? Provavelmente. Fica a luz antiga.

Licínia Quitério disse...

Tudo muda e nem sempre para melhor. Foi-se a luz que guardaste. O nome Angrinha é tão bom!

Mónica disse...

Tão bonita a fotografia! Acho que não conheço o lugar. Em 81 andei um verão por todo o Algarve, voltei 16 anos depois e fiquei chocada, era outro país..tens razão no que dizes, puxar às estrelas

Anónimo disse...

Tudo vai mudando mas nada muda nas nossas lembranças
Luisa

Anónimo disse...

Ainda bem que guardas as fotografias que mostram como era. Pena que a evolução do Algarve tenha sido feita com mau gosto.

Teresa

bettips disse...

Felizmente que, desde o início dos anos 80 e a minha mania das fotografias, posso comparar a beleza que se perdeu. Fomos anos seguidos para ali, 1º alugamos uma casa de pescadores no Alvor, junto à Igreja. Entretanto, fomos dois anos com amigos para uma casa alugada a meias, no alto de Ferragudo, e ali me ficou o amor, ver as traineiras a sair ao fim do dia e a voltar à tarde, espreitar a Casa da Infanta, comprar polvos directamente ao pescador que passava na praia. Depois, a firma onde trabalhei tinha um mini-apartamento em Portimão que se podia alugar barato. Só fomos uma vez à praia da Rocha, de resto atravessávamos a ponte e íamos sempre para Ferragudo. Calculam o desânimo de ver tanto estrago... E como diz a Teresa, mau gosto.
Vieram-me à ideia horizontes de há mais de 40 anos. Conservo-os como flores secas num livro de memórias, tudo me vem no perfume do tempo jovem.